A vida sem Everton mudou as feições do Grêmio. Não mais do que isso. A primeira partida da Era Pós-Cebolinha mostrou que talvez demore menos do que o previsto a adaptação. Pepê teve boa atuação no segundo tempo. Claro, o Fluminense saiu da defesa e deixou espaços. O que beneficiou seu jogo.
Mas aposto que logo incluirá no repertório variações, com dribles e derivações para o meio, buscando a tabela ou espaços na defesa. Pepê tem velocidade como Everton, mas falta-lhe o negaceio em velocidade que desmontava os sistemas de marcação. Com sequência e confiança, agregará isso ao seu cardápio.
A questão para Renato, agora, é encontrar um segundo jogador de velocidade. O Grêmio, neste ciclo vitorioso, sempre teve dois jogadores para essa função no lado esquerdo. Em determinado momento, chegou a ter quatro, com Pedro Rocha, Everton e Fernandinho — e ainda havia Pepê chegando, lançado em maio de 2017, no time de guris que Renato levou para encarar o Sport, na Ilha do Retiro.
A linha sucessória acabou interrompida com o litígio de Ferreira. Ele seria o próximo da fila depois de Pepê. Como seu caso parece longe de solução, o Grêmio precisará buscar fora um outro velocista.