O Inter olha para dentro de si em busca de reforços para o restante da temporada. O cenário econômico impede qualquer movimentação no mercado de contratações. Aliás, será bem o contrário. O clube estabeleceu como necessidade básica a venda de, pelo menos, um jogador — Bruno Fuchs seria o nome com maior potencial.
Nesse panorama, Eduardo Coudet busca no próprio grupo novas alternativas. William Pottker, atrapalhado por lesões nos dois últimos anos, será aposta ofensiva. O técnico argentino costuma montar seus times com um atacante de potência e velocidade para compensar a pouca mobilidade dos centroavantes.
Pottker tem na força sua principal virtude. A boa forma apresentada nos treinos pós-quarentena fazem Coudet apostar em sua recuperação. Se tiver sucesso, pode ser considerado reforço.
Meio de campo
O mesmo raciocínio vale para Nonato. O meio-campista era o eleito por Coudet para ser o jogador central na linha de três à frente de Musto. Tinha o refino técnico e a capacidade de organizar o jogo dos tempos de meia e a cultura de marcação que se exige de volante.
O meia central, no esquema 4-1-3-2, precisa ser um híbrido das duas posições. É aquele tipo de jogador para o qual se olha e não se consegue rotular como meia ou volante. É meio-campista, como exige o futebol moderno. O problema é que Nonato, como o próprio Coudet admitiu em entrevista para GaúchaZH, demorou a entender a função e foi para trás numa fila que teve Lindoso, adaptado, o garoto Johnny e até Edenilson, no Gre-Nal da América.
Um sinal de compreensão do que exigia a posição foi mostrado no último jogo antes da quarentena. Nos 4 a 1 no São José, Nonato fez tudo o que se espera de um meia central: marcou, ajudou o volante, armou, levou o time à frente e, principalmente, pisou na área para fazer gols. Se mantiver esse padrão, pode ser, sim, um excelente acréscimo para o time na retomada. Que, esperamos, seja breve.