A Conmebol projeta para setembro uma retomada da Libertadores. Há tempo até lá. Porém, na Argentina, a volta do futebol será sem pressa — ao contrário de algumas partes aqui do Brasil, em que há atropelos e um tanto de insensatez, como no Rio. Os hermanos, vigilantes e rígidos nas medidas de combate ao coronavírus, mantêm a mesma postura em relação ao futebol.
A liberação para a volta aos treinos só será dada quando o país ingressar na fase 4 da luta contra a pandemia. Traduzindo, será quando a seguinte equação for atendida: pega-se o números de contaminados por covid-19 e recua-se no tempo até o dia em que esse número for 50% menor.
Se esse período for de 25 dias, o sinal estará verde para treinos. Em algumas regiões do Interior, esse cálculo já é alcançado. O problema, porém, é a região metropolitana de Buenos Aires, que compreende a capital federal e mais 40 municípios.
A AFA contabiliza 59% dos clubes nessa região. Mais, 75% dos jogadores que atuam em equipes do Interior têm como endereço uma dessas cidades. Toda a mobilização argentina é evitar que o coronavírus se alastre pelo Interior, em que na maior parte das localidades carece de estrutura.
