Havia a perspectiva de pressão e de um rival empurrado por uma torcida empolgada e ávida pela volta à Libertadores depois de 11 anos. Mas o Grêmio refrigerou essa calentura toda com naturalidade. Com tanta naturalidade que venceu o América de Cali por 2 a 0 como se estivesse na Arena.
Com exceção dos últimos oito minutos do primeiro tempo, os gaúchos foram superiores e controlaram as ações do jogo. O gol de Victor Ferraz, aos 14 minutos, foi decisivo para pavimentar a vitória. Aqui, o registro: tivesse o VAR na fase de grupos, ele seria anulado, pela condição de impedimento do lateral depois da cobrança de falta de Lucas Silva, que esbarrou em Diego Souza na origem do gol.
A vantagem deu tranquilidade ao Grêmio, e tirou o equilíbrio do América, um time esforçado e que viveu de lampejos do argentino Pisano, aquele mesmo de passagem por Cruzeiro e Santa Cruz. Foi dele o melhor lance do clube colombiano, ao acertar a trave.
O Grêmio tinha o domínio e passou a ter o controle das ações com a mexida no intervalo. Renato trocou Maicon por Thaciano e alinhou Lucas Silva e Matheus. O Tricolor voltou ao seu modelo preferido e envolveu os colombianos com seu jogo de passe. Matheus, o cara do jogo, fez o 2 a 0 no começo do segundo tempo, liquidou o jogo e lançou luz para um Gre-Nal que estremecerá o Rio Grande na próxima semana.
Um Gre-Nal que começou já nesta primeira rodada. Era preciso vencer fora para ganhar músculos na luta por vaga neste Grupo E. O Grêmio cumpriu a sua parte. Não fosse a saída de Geromel mais cedo, acusando dores na virilha, a noite caleña teria tão sido perfeita como azul.