O Grêmio iniciou a Libertadores com o pé direito. Mesmo jogando fora de casa, na Colômbia, o Tricolor venceu o América de Cali e somou os primeiros três pontos na competição continental.
Agora, a equipe terá o Gre-Nal pela frente, na próxima quinta-feira (12), na Arena. Antes de pensar no clássico, é preciso entender os motivos que o levaram à vitória em Cali.
1) Gols no início
Tanto o gol marcado por Victor Ferraz, aos 14 minutos do primeiro tempo, como o de Matheus Henrique, aos quatro do segundo, deram mais tranquilidade para o time do Grêmio jogar sem pressão. Os gols na abertura de cada tempo deixaram os colombianos pressionados e nervosos.
2) Defesas de Vanderlei
O América de Cali pressionou apenas em um momento da partida: nos minutos finais da primeira etapa. Ainda assim, apareceu a figura do goleiro Vanderlei para impedir que o empate acontecesse quando Sierra subiu mais alto do que a zaga tricolor e cabeceou à queima-roupa. Em outro lance, contou com a trave, que parou um chute cruzado do rápido atacante Pisano.
3) Subida dos volantes
Ainda sem contar com a figura do camisa 10, o técnico Renato Portaluppi voltou a escalar três volantes no meio-campo. Este sistema só deu certo porque os três se intercalaram nas subidas ao ataque, apresentando-se também no setor ofensivo. O mais feliz deles todos foi, sem dúvidas, Matheus Henrique. O lance do gol marcado com ele começa com um domínio de bola em frente à área gremista em que, com um giro sobre a bola, ele se livra de dois marcadores e avança até acertar uma bela finalização de longa distância.
4) Movimentação de Thaciano
Embora Renato tenha dito em sua entrevista que fez a substituição no intervalo porque Maicon pediu para sair, a troca fez bem à equipe. Além de retomar o seu desenho tático predileto (4-2-3-1), o Grêmio ganhou um jogador de maior mobilidade no meio-campo. Voluntarioso, Thaciano ajudou tanto no ataque, carregando a bola e se aproximando de Diego Souza, quanto na defesa, voltando para desarmar.
5) Controle do jogo
Apesar de encerrar a partida com menor posse de bola (46%), foi o Grêmio quem controlou o jogo. Em vantagem no marcador pela maior parte do tempo, o Tricolor fechou os espaços, sem sofrer grandes riscos, impedindo que o América entrasse em sua área ou o pressionasse contra o campo de defesa. Quando teve a bola, tocou pacientemente, fazendo o tempo passar. O símbolo disso foi o volante Lucas Silva.