Os jogadores, através da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), apresentaram uma contraproposta firme aos clubes para aceitarem as férias coletivas agora. Pedem 30 dias de férias a partir de 1º de abril, mais a licença remunerada de 10 dias no período das festas de final de ano. Também pedem que as férias e o adicional de 30% previsto em lei sejam pagos até 4 de abril.
Para formalizar o acordo, colocam prerrogativa a garantia de pagamento até 7 de abril do salário de março de forma integral, ou seja, o que está registrado em carteira e a parte referente à direitos de imagem. Os atletas exigem, por fim, que a CBF assine o acordo e funcione como fiadora, para bancar o pagamento caso algum dos clubes não tenha condições. A proposta elaborada pelos clubes na segunda-feira (23) era de 20 dias agora e 10 entre Natal e Ano-Novo.
O Conselho Nacional dos Clubes se reunirá nesta quinta-feira (26), outra vez, em teleconferência para discutir a contraproposta. A questão de redução salarial, cujo corte de 25% já foi recusado pelos jogadores, e nem entrará na pauta. A tendência, aponta o vice-presidente do Inter Alexandre Chaves Barcellos, é de que ponto seja discutido por cada clube diretamente com os jogadores. Até pelas realidades distintas que vivem. Há alguns com atrasos salariais de três ou quatro meses.
Outro assunto que entrará em discussão, aposta Chaves Barcellos, será a questão do calendário. Mesmo que neste momento seja impossível prever quando voltará o futebol no Brasil, há um ponto que precisa ser discutido: os contratos de TV preveem corte nas cotas em caso de alteração da fórmula do Brasileirão. Os clubes das Séries A e B buscam que o rearranjo se dê com o maior número de rodadas possíveis para evitar perdas ainda maiores de receita.