Não bastasse o peso do jogo e as dificuldades físicas de encarar a pré-Libertadores com menos de um mês de temporada, o Inter descerá no Chile com uma carga extra. As manifestações contra o governo recrudesceram outra vez. Ao descontentamento pelas desigualdades sociais, acrescentou-se a indignação pela forma como os carabineros, os militares chilenos, reprimem as manifestações. O que só engrossa o caldo de tensão no país. O jogo da Universidade de Chile no sábado (1º) teve confrontos no lado de fora do Estádio Nacional.
A torcida da La U rivaliza com a do Colo-Colo pelo posto de maior do Chile. A Universidad Católica vem logo depois. Mas a grande rivalidade, mesmo, é entre La U e Colo-Colo. Porém, as torcidas estão lado a lado nos protestos contra o governo e os carabineros. Principalmente depois da morte de um fã do Colo Colo que foi atropelado por policiais em um protesto no jogo do seu time, na terça-feira.
As autoridades temem que os torcedores aproveitem os holofotes de um jogo de Libertadores para mostrar ao continente seu descontentamento. É neste cenário que o Inter precisará encaminhar uma classificação que dita seu rumo em 2020.
Olho nele
Centroavante, 35 anos, Joaquín Larrivey chegou na La U nesta temporada para ser a solução ofensiva. Contra o Huachipato, já havia feito um gol. Os quatro contra o Coricó reafirmam a aposta chilena no argentino que rodou o mundo. Larrivey estava no Cerro Porteño, e fechou 2019 com 12 gols. Mas tinha vindo do Jef United, do Japão, numa temporada em que marcou 32 gols e foi a melhor de uma carreira que tem passagens ainda por Itália, Espanha, México e Emirados Árabes. Em seu país, atuou por Huracán, Vélez e Colón, sem nunca ter se afirmado.