O Inter viaja a Santiago neste domingo (2) atento aos episódios de violência que ocorrem no futebol chileno e aos impactos que a crise social do país pode ter no jogo contra a Universidad de Chile, na terça-feira (4), às 18h, pela Libertadores. No entanto, segundo o presidente Marcelo Medeiros, a preocupação colorada vai além do aspecto esportivo.
— Estamos acompanhando as manifestações com uma grande preocupação, que vai além do campo esportivo, e esperamos a rápida retomada da ordem e civilidade no país. O Inter tem uma ligação muito forte com o Chile, pela passagem de jogadores que marcaram seus nomes aqui no clube, como Elias Figueroa e Charles Aránguiz. O jogo de terça será uma disputa entre grandes clubes, e nosso desejo é que tudo transcorra de maneira pacifica e que seja uma grande festa do futebol sul-americano — disse Medeiros à GaúchaZH.
O presidente colorado também manifestou a sua solidariedade à família do torcedor do Colo-Colo, Jorge Mora, morto na última terça após ser atropelado por um caminhão da polícia.
O episódio, inclusive, é considerado o estopim para a nova onde protestos no país, que afetou sobretudo o futebol. Na sexta-feira, o jogo entre Coquimbo Unido e Audax Italiano foi suspenso aos 17 minutos do primeiro tempo por conta de atos de violência da torcida. No sábado, a Universidad de Chile venceu o Curicó Unido por 5 a 1 em uma partida marcada por confrontos entre torcedores e policiais dentro e fora do estádio.
A delegação do Inter chega a Santiago neste domingo, às 22h. O único treino em solo chileno ocorrerá na segunda (3), às 16h30min, no Estádio da Universidad Católica. O jogo contra a Universidad de Chile, na terça (4), que seria às 19h15min, foi confirmado para às 18h, no Estádio Nacional. A antecipação ocorreu a pedido das autoridades de segurança chilenas.