O Grêmio pensa de forma correta o passo seguinte à sonhada compra da gestão da Arena. Deixará o estádio sob os cuidados da Arena Porto-Alegrense, a empresa criada para lá atrás para geri-lo, e contratará no mercado um CEO especializado na administração desse modelo de negócio. A ideia do presidente Romildo Bolzan Júnior é evitar que se repita o modelo dos tempos de Olímpico, em que o patrimônio era gerenciado pelo clube e, embora o esforço dos dirigentes, carecia de um olhar profissional.
Esse CEO se reportará, evidentemente, ao Conselho de Administração, mas trabalhará com orçamento próprio e terá uma equipe de diretores que também serão buscados no mercado e precisarão bater metas estabelecidas. O projeto para se tornar dono da Arena e antecipar em seis anos a quitação da sua dívida — antes era prevista para 2033 — passa por potencializar a capacidade de geração de receitas do estádio.
Hoje, a Arena apresenta um déficit anual de R$ 6 milhões, um valor relativamente baixo. No projeto de negócio do Grêmio, estima-se que seja possível gerar receitas entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões.
Elas viriam de um novo plano de sócios, da locação de espaços no estádio, já que hoje há áreas ainda cruas no corpo da Arena, e da locação de camarotes. Hoje, segundo Romildo, há 80 camarotes para serem locados.