Se o objetivo do Inter era sair vivo da Arena da Baixada, a missão na noite amena de Curitiba foi cumprida. O 1 a 0 traz para o Beira-Rio a decisão da Copa do Brasil. Como sabemos, o time de Odair Hellmann se agiganta e se torna quase imbatível dentro de seu estádio.
Não à toa, o Colorado ostenta em casa nesta temporada um aproveitamento de quase 80% e está há 19 jogos sem perder, o que ocorreu pela última vez no distante 28 de março. Por isso, o técnico do Inter levou os jogadores para saudar a torcida no final da partida.
Por isso, os colorados comemoraram o 1 a 0 como algo alvissareiro. Por isso, a torcida do Athletico celebrou de forma mais contida sua pequena vantagem. Sabia que passava, necessariamente, pelo sintético da Arena da Baixada a sua perspectiva de conquista da Copa do Brasil.
A timidez dos paranaenses se explica pelo roteiro do jogo. O Athletico envolveu o Inter no primeiro tempo. Teve espaços, dominou, controlou todas as ações e empurrou o adversário para dentro da área. Tanto que Moledo foi para o intervalo como principal nome colorado.
Espantou até mau olhado na sua defesa. O fim do primeiro tempo veio com suspiros de alívio. E o segundo começou com postura mais arrojada, com o time mais à frente, ameaçando o Athletico. Parecia assentado no jogo e pronto para buscar uma felicidade maior do que o empate. Foi justo neste momento em que sofreu o gol, em uma trama rápida de Bruno Guimarães e Nikão.
O gol até foi uma punição um tanto severa para o Inter naquele momento. Depois dele, ao contrário do ocorrido contra o Flamengo, o time se manteve equilibrado. Absorveu o gol e partiu em busca do empate.
Esteve perto, em lance com D'Alessandro, mas por azar caiu em seu pé direito, e no final, com Sobis, em lance arquitetado por Guerrero. Talvez por isso, o Athletico tenha arrastado o final do jogo e até trocado um escanteio nos acréscimos por segurar a bola. Valorizou o 1 a 0, mas sabe que se trata de uma vantagem diminuta.