O Grêmio voltou. Com duas vitórias numa rodada só, está outra vez na disputa por uma vaga nas oitavas. O 3 a 1 orquestrado por Jean Pyerre, na Arena, combinado com o 3 a 2 do Libertad, em Santiago do Chile, desanuvia o horizonte gremista no Grupo H. Faltam duas vitórias, mas só elas. Ou seja, o Grêmio depende só de si e encontrará, na próxima rodada, um Libertad já classificado e praticamente garantido no primeiro lugar da chave. Melhor cenário, impossível.
Pode-se dizer que foi uma noite perfeita. Além de melhorar e muito a sua situação na Libertadores, o Grêmio injetou nova vida em seu time. As entradas de Matheus Henrique e, principalmente, Jean Pyerre deram energia e mobilidade ao time. Jean é uma joia rara, um tipo de jogador bissexto em nossas fábricas de talentos, cujas linhas de montagem se especializaram em produzir jogadores de lado ou atacantes de movimentação. Puxe pela memória e tente se lembrar qual foi o outro camisa 10 clássico surgido desde Paulo Henrique Ganso, cuja afirmação foi atrapalhada pelas lesões no joelho.
Contra o Rosario, Jean fez um gol e deu outro para Leonardo Gomes. Aliás, uma menção honrosa para esse jogador. Fez um gol infiltrando na área e outro em chute de fora da área. Vivemos uma crise de laterais-direitos no Brasil, e o Grêmio parece ter encontrado uma boa solução caseira para essa posição.
Se é verdade que o Rosario veio com time misto e está longe de ser um rival espinhoso , também é verdade que o Grêmio cumpriu com a sua parte e deu um passo importante para superar o momento de instabilidade pelo qual passou. Mais do que isso, renovou a confiança para encarar o velho rival na decisão do Gauchão.