O péssimo resultado financeiro do ano passado coloca o Inter sob sério risco de ser excluído do Profut. O clube não atingiu uma das metas previstas pelo programa, de déficit de, no máximo, 10% da receita bruta do ano anterior. O que representava, no caso do Inter, teto de R$ 29 milhões. O déficit em 2017 foi mais do que o dobro, R$ 62,5 milhões. O risco é mencionado pela BDO em seu relatório anexo ao balanço publicado na segunda-feira.
A partir de agora, o Inter passa a negociar com a Apfut (Autoridade Pública de Governança de Futebol), o órgão do governo responsável por fiscalizar os clubes que aderiram ao Profut, programa de parcelamento de dívidas fiscais e sociais.
O diretor executivo de finanças do Inter, Giovane Zanardo, aposta na transparência na relação do clube com a Apfut como trunfo para evitar a exclusão. No ano passado, o Inter esteve em Brasília mantendo sempre o órgão a par das dificuldades econômicas, dos riscos de não atender alguns pontos do programa e das ações implementadas pela atual gestão para reequilibrar as finanças.
Nos próximos dias, uma reunião será marcada para que o clube apresente soluções que garantam a sua permanência no Profut. A decisão está agora com o órgão - e fora das mãos do Inter.