O argentino Luis Zubeldía gosta de times que trabalhem bem a bola, saiam organizados de trás e sejam rápidos na transição. Molda assim seu Cerro Porteño, líder do Grupo A da Libertadores e terceiro no Paraguaio. Mas, em sua entrevista coletiva concedida no Hotel Deville, deixou claro que precisará mudar um pouco seus conceitos. O respeito pelo Grêmio em suas declarações é enorme:
— O grupo está bem, é superdifícil (enfrentar o Grêmio), um rival que conquistou o respeito de todo o continente pelo que logrou no passado e ganhou agora, afinal não reduziu a marcha — disse o técnico ao projetar a partida.
Nas declarações, fica nítido que Zubeldía tenta tirar o peso da partida. Alerta que seu time precisará potencializar sua virtudes ao máximo para sair bem da Arena com a vaga encaminhada.
Mas ressalva: uma derrota não será o fim do mundo. Este é a apenas a primeira de uma série de três decisões. Por isso, repetirá a formação mais cautelosa de Assunção. Sai o jovem extrema Kevin Fernández e entra Candía, mais marcador.
Zubeldía completou 37 anos em janeiro. Mas é um veterano e conhece bem os caminhos da América. Estreou como treinador no Lanús, há 10 anos, sendo o mais jovem a comandar na Primeira Divisão da Argentina.
Sua carreira como volante se encerrou de forma prematura aos 23 anos. Em 2001, uma séria lesão no joelho o tirou do Mundial Sub-20, na Argentina — o mesmo em que D'Alessandro foi eleito Bola de Prata. Foi a reincidência dessa mesma lesão que fez Zubeldia trocar o campo pela casamata.
Seu currículo é extenso e com muitas idas ao Exterior: Lanús, Racing, LDU, Barcelona-EQU, Independiente Medellín, Santos Laguna-MEX, Alavés-ESP e, há dois meses, o Cerro.