Não foi o Luan dos melhores dias. Mas bastou para que o Grêmio ficasse mais próximo dos seus melhores dias. Seria impossível que Luan, depois de 56 dias afastado, voltasse em alto nível nesta quarta-feira, contra o Corinthians, Mas sua simples presença já é suficiente para fazer a equipe encaixar e ficar mais organizada. Com seu meia-atacante, Renato não precisa fazer malabarismos em busca de equilíbrio tático e consegue colocar todos em seus devidos lugares. Ramiro vai para o seu lugar, Arthur deixa de ser a única fonte criativa, Barrios ganha companhia. Todos esses apertos nos parafusos faz do Grêmio um time muito melhor.
Luan esteve em campo por 75 minutos. Ficou nítido que não foi ao seu limite. Pareceu cuidadoso e isso mostra que Renato precisará usá-lo no domingo, dar-lhe, pelo menos, uma hora de rodagem. Nesta quarta, ele deu apenas um chute a gol, aos 12 do segundo tempo. Mas em nenhum momento escondeu-se do jogo. Pelo contrário, procurou a bola e buscou estar sempre próximo dela. Dessa forma, Luan fez o Grêmio articular mais, avançar de forma mais organizada e jogar com mais confiança.
O jogo desta quarta-feira, no Itaquerão, embora tivesse valor de decisão do Brasileirão para o Corinthians, tinha uma única motivação ao Grêmio: ensaiar visando à decisão em Guayaquil. A grande meta na Arena é a Libertadores. O restante, vamos combinar, é acessório. Visto por esse ângulo, a noite em São Paulo teve saldo altamente positivo. Principalmente pelo efeito Luan.