As lotações fazem parte do cenário urbano de Porto Alegre. Depois da extinção na década de 1960, o serviço de táxi-lotação foi retomado em 16 de maio de 1977. A prefeitura de Porto Alegre queria reduzir o número de veículos nas ruas, principalmente no Centro Histórico. Com 18 Kombis e um Corcel, as primeiras linhas foram para a Zona Sul. Pela lei, a preferência para explorar o novo serviço era dos permissionários de táxis.
O terminal da linha Tristeza ficava na Rua Landel de Moura e o da linha Ipanema, na Avenida Oswaldo Gonçalves Cruz. As tarifas iniciais foram de Cr$ 6 e Cr$ 8, respectivamente. Para efeito de comparação, a passagem de ônibus para o bairro Tristeza custava Cr$ 1,60. Na época, a tarifa de ônibus variava de acordo com a distância da viagem de cada linha. No Centro Histórico, a parada de embarque e desembarque dos primeiros táxis-lotação ficava na Rua Riachuelo, entre as ruas Marechal Floriano e Vigário José Inácio.
Os táxis-lotações voltaram com a mesma cor dos táxis, laranja-granado, e com uma lista pintada na cor azul-marinho. Pelas regras, era obrigatória a circulação de segunda a sexta, das 6h às 21h, e sábados, das 6h às 13h. Em outros horários, fica facultativa a operação. Em 23 maio, já passaram a operar as linhas para os bairros Glória e Teresópolis. As Kombis conseguiam levar até oito passageiros. Em 1980, foram introduzidos veículos com até 17 lugares e, em 1992, com 21 lugares. Em 1994, o nome táxi-lotação foi substituído por lotação.
Em 1983, os permissionários fundaram a Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação de Porto Alegre (ATL), com o objetivo de organizar e profissionalizar a prestação do serviço. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o sistema de lotação opera atualmente com micro-ônibus, com ar-condicionado, em 28 linhas.
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