Em fim de semana com a presença do presidente Jair Bolsonaro, Porto Alegre também se aproximará de temas caros ao chefe do Executivo. Entre eles, o voto impresso. Nas últimas semanas, Bolsonaro voltou a chamar a atenção sobre possíveis fraudes na urna eletrônica, nem apresentar provas. A possibilidade é descartada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Neste sábado (10), a Assembleia Legislativa realizará uma audiência aberta ao público para discutir o assunto. Será às 17h, com transmissão pela internet. O encontro foi proposto pelo deputado Eric Lins (DEM) e contará com a participação da deputada federal Bia Kicis (PSL), fiel apoiadora do presidente e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça, na Câmara dos Deputados.
— Se o sistema eleitoral é tão seguro, qual o medo dele poder ser conferido posteriormente? O voto auditável é vital para garantir a lisura do pleito e, sobretudo, não deixar margem a suspeitas. As pessoas têm razão de criticar e direito de se sentirem seguras — opinou o deputado.
O tema "voto impresso" voltou ao noticiário em especial após declarações do presidente da República. Nesta sexta-feira, Bolsonaro afirmou sem provas que houve fraude na disputa à Presidência da República de 2014, apesar de o candidato derrotado no segundo turno daquela eleição, Aécio Neves (PSDB-MG), já ter descartado a hipótese.
— Nós vamos ter eleições limpas, pode ter certeza. E eu não participar de fraude não quer dizer que eu vou ficar em casa (...) Não queiram que um homem sozinho resolva o seu problema, é igual um casal, os dois têm que resolver juntos — disse aos apoiadores.
Outro lado
Diante dos questionamentos surgidos, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, voltou a defender, em suas manifestações, a lisura da urna eletrônica — usada no Brasil desde 1996. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o ministro reafirmou que nunca foi comprovada fraude no sistema em 25 anos.