Os esforços para trazer as vacinas compradas pelo governo brasileiro (junto ao Serum Institute da Índia) estão sendo feitos pelo Executivo, informou o ministro da Secretaria-Geral de Governo, Luiz Eduardo Ramos, nesta quinta-feira (21). Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, Ramos afirmou que a imprensa não estaria "ajudando" o governo neste processo e pediu um voto de confiança à população.
— Está chegando aí a vacina. Não acreditem que não vai ter vacina. Vai! Estamos fazendo um esforço e a imprensa não ajuda. Agradeço à Rádio Gaúcha pela oportunidade. E as coisas vão dar certo — assegurou o titular da Secretaria-Geral no governo Bolsonaro.
A apreensão registrada pela imprensa ocorre por conta de um cenário em que ainda não há matéria-prima para produção de mais vacinas no Brasil. O chamado IFA é um ingrediente farmacêutico necessário para que o imunizante possa ser fabricado pelo Instituto Butantan (no caso da CoronaVac) e também pela Fiocruz (no caso da vacina de Oxford em parceria com a Astrazeneca). Ocorre que a China ainda não liberou a matéria-prima.
Como alternativa, o governo tentar importar doses da vacina de Oxford já compradas da Índia, mas aquele país também vem travando o envio do imunizante para o Brasil.
Luto
O ministro Ramos falou emocionado sobre a perda do ex-comandante Militar do Sul e general da reserva Geraldo Antônio Miotto, que morreu nesta quarta-feira (20), vítima de covid-19, aos 65 anos. Ele descreveu Miotto como um amigo e concordou com a leitura feita à coluna pelo vice-presidente Hamilton Mourão, de que Miotto fora um "soldado na verdadeira acepção da palavra".
— Eu perdi amigos. Agora é o Miotto, mas na minha turma de Academia Militar, já foram se foram quatro companheiros de turma. A expressão que a gente está usando agora, é que nesta segunda onda, não sei se onda, o que seja, está atingindo pessoas muito próximas. Então eu queria transmitir a cada um que está nos ouvindo, nesse torrão gaúcho amado, que eu sempre digo, "da uva vem o vinho, do povo vem o carinho, bondade nunca é demais". Eu sou apaixonado por as tradições aí do Rio Grande do Sul. Dizer aos gaúchos, às nossas prendas, àqueles que perderam seus familiares, independente do credo religioso, que Deus os conforte. E vamos tentar superar isso aí! Está chegando aí a vacina — afirmou.