A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), aliada do presidente Jair Bolsonaro, conversou com o programa Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã de segunda-feira (25), um dia antes de a Polícia Federal (PF) deflagar operação que apura irregularidades no governo do Rio de Janeiro e na compra de equipamentos para ações de Saúde em meio à pandemia do coronavírus.
Um ponto da entrevista (ouça aqui) chamou a atenção. Ao falar sobre a saída de Sergio Moro, ex-aliado e que chegou a ser seu padrinho de casamento, Zambelli sugeriu que operações da PF estavam prontas para serem executadas "mas não saíam" na gestão de Moro no Ministério da Justiça, a quem a PF é subordinada. Ela adiantou que novas operações viriam, em especial para apurar irregularidades cometidas por governadores.
A deputada chegou a sugerir que a operação poderia se chamar "covidão", em alusão aos escândalos do "mensalão" e "petrolão", que revelaram desvio de quantias milionárias dos cofres públicos.
Ouça o trecho da entrevista concedida à Rádio Gaúcha:
Operação contra Witzel
Agentes da Polícia Federal (PF) estão no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, na manhã desta terça-feira (26). A operação está relacionada com a investigação sobre possíveis fraudes na construção de hospitais de campanha no Estado.
A ação é comandada por agentes da PF de Brasília e foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). São 12 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos no Rio e em São Paulo — a PF não informa se Witzel é alvo de alguma ordem judicial.