A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) comentou nesta segunda-feira (25), ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, sobre a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e as críticas feitas por ele contra o presidente Jair Bolsonaro. Na entrevista, a parlamentar afirmou que o agora ex-ministro tinha "investigação seletiva" e "predileção pelo PT".
— Ele tinha predileção em investigar e condenar o PT, legitimamente (...) Se falava (dentro da Polícia Federal) sobre a falta de suporte operacional para que a investigação corresse mais solta. Hoje, eu olho para trás e verifico que essa falta de suporte operacional pode estar ligada ao fato de que o Sergio Moro tinha uma investigação seletiva — disse.
Aliada do presidente, a deputada também falou sobre a entrevista dada por Moro ao Fantástico, da TV Globo, em que ele afirma que faltou apoio de Bolsonaro no combate à corrupção — uma de suas bandeiras de campanha. Segundo a parlamentar, Bolsonaro tem sim compromisso em combater a corrupção, mas que investigações "estão focando" os filhos dele "de uma maneira fora do normal".
— Ele (Bolsonaro) disse que não queria ser blindado pela PF. Com todas as letras. E que estava pedindo que a Justiça seja feita na sua plenitude. (...) Estão focando a investigação nos filhos do presidente de uma maneira fora do normal. Por que a investigação em cima do presidente Bolsonaro correu a toque de caixa? — questionou.
Já sobre a recente aproximação do governo com parlamentares do chamado centrão, Carla Zambelli defendeu a estratégia. Nos últimos dias, o Planalto já entregou espaços importantes da máquina pública a partidos como PP, PL e Republicanos.
— Um cargo ou outro sendo preenchido pelo centrão pode fazer com que haja corrupção? Pode, mas serão descobertas. Se cobrou que o presidente tivesse uma base, e quando ele tem uma base é criticado.