Apenas um deputado gaúcho presente na Comissão Mista de Orçamento, no Congresso Nacional, levantou os braços na votação simbólica que tratou sobre a destinação de R$ 3,7 bilhões em recursos públicos para as campanhas eleitorais em 2020. O montante se refere ao percentual de 0,44% da Receita Corrente Líquida (RCL) do ano vigente e está descrito no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano.
A bancada do Novo, entre eles o líder Marcel Van Hattem (RS), se colocou contra a reserva de dinheiro público para o chamado Fundo Eleitoral.
O gesto de levantar os braços ocorre porque a votação é simbólica, ou seja, quando não há uma interpelação nominal dos parlamentares (um a um). Na prática, o presidente do colegiado questiona os presentes sobre determinado tema e pede que aqueles que concordam com a aprovação permaneçam como se encontram — e quem for contra, então, acena para demonstrar sua oposição.
Na foto, além de Marcel, estão os deputados: Alexis Fonteyne (SP), Lucas Gonzalez (MG) e Vinícius Poit (SP), todos do Novo. Oficialmente, o gaúcho não integra a Comissão de Orçamento, mas enquanto líder do partido esteve presente para pressionar pela não aplicação de dinheiro público em campanhas políticas.
Em que pese a movimentação, Marcel e seus colegas da bancada do Novo (mais o deputado Rodrigo Coelho do PSB-SC) acabaram sendo voto vencido. Agora, a proposta seguirá sua tramitação no Congresso. Os deputados, então, prometem nova mobilização para tentar derrubar o trecho específico no plenário da Câmara.