Os atos favoráveis ao governo do presidente Jair Bolsonaro, convocados para o próximo domingo (26), não contarão com apoio formal do partido Novo no Rio Grande do Sul. A coluna conversou com o deputado estadual Fábio Ostermann, nome importante da legenda no Estado, que se elegeu com a maior votação da sigla no parlamento gaúcho: 48.897 votos.
— Apoiamos as reformas, mas não cremos que faz sentido misturar isso com apoio a um governo que não parece fazer muito esforço para se ajudar — explicou.
De fato, as manifestações são encaradas como uma maneira de demonstrar que o governo segue com apoio das ruas e, neste sentido, pressionar o Congresso a acompanhar o Planalto em temas como a reforma da Previdência.
De acordo com Ostermann, não haverá participação de mandatário ou dirigente do partido Novo no Estado. No máximo, segundo ele, pode ocorrer a participação de algum filiado, mas de forma isolada.
— Se houver, será uma ínfima minoria — afirmou.
Ostermann, defensor de ideias liberais, chegou a integrar o PSL mas deixou a legenda quando da filiação de Jair Bolsonaro, em 2018 — o então deputado federal se filiou para concorrer à Presidência da República. Depois, Fábio chegou a declarar que essa "foi das decisões mais acertadas" que já tomou "na vida".
Em que pese a divergência, Ostermann segue defendendo a aprovação da reforma da Previdência no Congresso:
— Defendo a reforma apesar do Bolsonaro, e não por causa dele. É uma pauta urgente e inadiável. Quanto mais empurrarmos com a barriga, maior será o déficit e pressão demográfica. Por consequência, mais dura terá que ser, com menos margem para regime de transição e respeito a direitos adquiridos — argumentou.