Em campanha para assumir o comando da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) esclareceu à coluna uma das propostas incluídas em seu plano para a gestão do colegiado. A lista, divulgada pelo político aos colegas, traz no item 10 a intenção de promover reuniões com os cônjuges dos parlamentares, em Brasília.
À coluna, Sóstenes explicou que a ideia é custear as passagens de maridos ou esposas com orçamento próprio da Frente — ou seja, sem dinheiro público —, para que eles possam estar presentes em atividades propostas pelo grupo evangélico. O deputado esclareceu que não há o objetivo de evitar traições conjugais, como chegou a ser noticiado, mas sim a intenção de valorizar o matrimônio e, com isso, aumentar a produtividade de deputados e senadores.
— É para que eles venham participar de alguma atividade, como um jantar, uma palestra. Assim como ocorre nos cultos, atividades com o marido, com a esposa. É uma forma de valorizar o casamento. Não tem nada a ver com traição. Quem ter relação extraconjugal vai ter, quem não quer não vai ter — explicou.
O deputado sustentou à coluna que muitos parlamentares se sentem sozinhos na Capital federal e isso acaba afetando a produtividade no trabalho.
— A gente percebe pela experiência aqui em Brasília, as pessoas se sentem sozinhas, ficam abaladas emocionalmente. E quando um casamento vai mal, o parlamentar vai mal, isso baixa a produtividade. Eu vejo pela experiência aqui. Muitos tiveram a dificuldade com a questão matrimonial — completou.
À coluna, o deputado confirmou sua intenção de buscar um consenso para presidir a Frente Parlamentar Evangélica e disse que, entre seus apoiadores, está o ex-ministro gaúcho Ronaldo Nogueira, hoje presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde).