O ex-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) voltou a direcionar sua artilharia à cúpula do Partido dos Trabalhadores nesta quarta-feira (13), em conversa com o programa Timeline, da Rádio Gaúcha. Ciro creditou parte da eleição de Jair Bolsonaro ao ódio do eleitor ao PT e disse que deixou o Brasil no segundo turno para não ter que explicar por que não faria campanha para o candidato petista Fernando Haddad (PT).
— Não resta a menor dúvida de que a força dominante foi o ódio ao PT, em parte com razão e em parte sem razão porque toda a decisão que você toma de cabeça quente é uma decisão que pode, enfim, dar problema — avaliou.
Ao comentar a reação de "ódio" dos eleitores ao Partido dos Trabalhadores, Ciro teceu duras críticas à cúpula da legenda e aos "acordos" feitos por petistas com políticos envolvidos em esquemas de corrupção.
— Essa cúpula do PT virou formação de quadrilha, organização criminosa. E eu não falo isso com nenhum prazer. Eu falo isso com muita dor. O Palocci foi oito anos ministro da Fazenda do Lula, foi ministro da Casa Civil, mandando no governo Dilma. E o Palocci declarou patrimônio de R$ 100 milhões. (...) O Eduardo Cunha, que está preso foi presidente da Câmara pelo PT. O Geddel (Vieira Lima) daqueles R$ 51 milhõs de dinheiro em malas,e que está preso, foi ministro do Lula e depois foi vice presidente da caixa da Dilma — disparou.
Sobre a crítica da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que o chamou de "coronel", incomodada com o fato de Ciro a ter chamada de "chefe de quadrilha", Ciro respondeu que tem 40 anos de vida pública e trajetória sem escândalos políticos.
E provocou:
— Se os heróis dela são Geddel (Vieira Lima), sócio dela agora, Renan Calheiros, parceiro dela, Eunício Oliveira, Eduardo Cunha, todos os tesoureiros do PT presos, Palocci preso e eu que sou o cara erado? Então, eu prefiro continuar errado — respondeu.