A partir da repercussão gerada pela divulgação do vídeo de uma professora gravada por aluna chama Olavo de Carvalho de "anta", a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), autora de uma proposta mais rigorosa do projeto Escola sem Partido, conversou com a coluna em entrevista transmitida durante o programa Timeline, da Rádio Gaúcha. O vídeo foi postado neste domingo (28) no perfil do presidente da República, Jair Bolsonaro, e gerou polêmica nas redes sociais. Ao publicar as imagens, Bolsonaro escreveu que "professor tem que ensinar e não doutrinar".
— O problema é que o aluno vai sendo doutrinado, aprende a não respeitar ninguém, nem mesmo as leis. Tanto é que hoje tem professor apanhando de aluno porque o aluno só está aprendendo o que não presta em sala de aula — alertou Bia Kicis (PSL).
Bia entende que a gravação de professores, em sala de aula, é algo que "sempre foi permitido", tanto é que, segundo ela, alunos costumam usar gravadores para poder repassar o conteúdo em casa.
— Eu cansei de gravar minhas aulas. O problema é que agora a gravação está revelando que os professores estão dizendo o que não devem, em sala de aula. Eles se voltam contra a gravação porque não querem ser desmascarados — destacou.
Para a deputada, não se trata de intimidação dos profissionais que trabalham com educação, já que a parte vulnerável, segundo ela, é o aluno.
— O que eu vejo de mais grave é que não tem ninguém preocupado com os alunos, só vejo pessoas preocupadas com os professores. E digo mais: professores abusadores. Por que os professores de verdade, que merecem o honroso título de professores, apoiam o escola sem partido — avaliou.
Bia também alertou que o seu projeto "não cria obrigações" a ninguém, apenas se propõe a trazer a informação de que o aluno tem o "direito de não ser doutrinado" e também lembrar "quais são os deveres" dos professores.
Veja o vídeo publicado pelo presidente Jair Bolsonaro: