Para quem gosta de história, a dica é visitar a banca da Livraria do Senado na Feira do Livro de Porto Alegre. Nada a ver com política, antes que você pare de ler este texto aqui.
Além de oferecer uma variedade surpreendente de livros sobre a formação do Brasil (vendidos a preços convidativos), o estande tem uma novidade para os visitantes: a possibilidade de manusear fac-símiles de documentos históricos.
Pode parecer chato, mas não é. São réplicas tão bem feitas que dá até a sensação de estar mexendo nos originais. Entre elas, o destaque é a primeira Constituição do Brasil, que em 2024 completa 200 anos. A capa verde tem o brasão do Império e dá para ver direitinho a letra e a assinatura de Dom Pedro I.
Também é possível folhear a primeira Constituição republicana do país, em 1889, e a atual, de 1988, no formato original.
Tem ainda a reprodução em papel (com as assinaturas e tudo) da Lei Afonso Arinos, a primeira a punir a discriminação racial no Brasil, aprovada em 1951, e os termos de posse dos presidentes eleitos — também bastante curiosos, em especial pelas caligrafias oficiais de cada época.
— Decidimos disponibilizar a consulta a essas réplicas porque é uma forma de aproximar e despertar o interesse das pessoas pela história do Brasil. O não é meu, não é do Senado, é nosso — diz Suelen Dal Osto Bidinoto, gaúcha de São Borja e historiadora do Arquivo do Senado.
Vai por mim: vale a visita. Além de tudo, a banca tem uma espécie de vitrine para um dos monumentos da praça (o de Barão do Rio Branco) e espaços interativos e instagramáveis. O melhor de tudo: é gratuito.