Durante a catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul, a artista Sarah Ramos documentou a tragédia com imagens imersivas. Usando uma câmera 360º, ela captou cenas em diferentes pontos do Estado, inclusive a partir de um barco.
Agora, com o apoio do Pacto Alegre, Sarah busca expandir o alcance do projeto, batizado de Realidade Imersa.
A proposta consiste em oferecer uma experiência única. Com o uso de óculos de realidade virtual, o espectador pode explorar as regiões afetadas e se aproximar da situação daqueles que sofreram com os impactos da crise climática. O projeto, segundo a idealizadora, nasceu da vontade de ir além das imagens estáticas e reportagens tradicionais.
— Muitas pessoas veem os números da enchente, mas não conseguem entender a verdadeira dimensão. Ver fotografias é muito diferente de se sentir navegando em um barco na cidade, cercado apenas por uma imensidão de água, telhados e fios elétricos. A experiência deixa as pessoas profundamente impactadas e, com uma nova compreensão da situação, muitas vezes, elas se sentem motivadas a agir — diz Sarah.
O projeto também tem o apoio de profissionais da Associação Brasileira de Realidade Estendida (XRBR), tanto para o desenvolvimento quanto para a exibição em grandes eventos, como o Rio Innovation Week e Hackathons.
Com o Pacto Alegre como parceiro por meio do programa Comunicação Resiliente, o Realidade Imersa pretende expandir sua atuação. Em paralelo, Sarah busca novos patrocinadores e apoiadores, além de continuar aprimorando a tecnologia usada.
— O objetivo é não só documentar as enchentes, mas também gerar empatia e mobilização social para futuros desastres ambientais — conclui Sarah.