Ela é um mulherão. Mãe do Gonçalo, da Mercedes e do Francisco, amor da vida do Juliano, jornalista, influenciadora (do bem), precursora de uma nova estética gaúcha e cantora da latinidade, Shana Müller celebra duas décadas de carreira. A festa será como ela gosta, no palco, com uma nova turnê do show Canto de América.
Parece que foi ontem. A guria tímida que conheci no Colégio Mauá, em Santa Cruz do Sul, e com quem estudei na faculdade, na PUCRS, começou a mostrar os dotes artísticos cedo, aos 8 anos. O primeiro disco (fruto de “paitrocínio”, como ela mesma diz) viria mais tarde, aos 24. De lá para cá, minha amiga não parou mais.
Shana cresceu, rompeu barreiras, abriu caminho para outras cantoras (inclusive com o festival Peitaço da Composição) e se consolidou no meio musical. É uma das grandes vozes femininas da música regional contemporânea produzida no Rio Grande do Sul, bebendo da mesma fonte de nomes como Mercedes Sosa, Violeta Parra, Berenice Azambuja, Fátima Gimenez, Mary Terezinha e tantas outras estrelas.
A partir desta quinta-feira (3), ela leva toda essa potência para oito municípios gaúchos, promovendo a descentralização da cultura e levando ao público canções de grandes referências da música latina.
Os shows terão tradução em libras e contarão com abafadores de som e objetos sensoriais oferecidos à comunidade neurodivergente. Em cada cidade, a cantora vai receber uma musicista convidada, mais uma vez estimulando o protagonismo feminino na arte.
O espetáculo, que estreou no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, em 2022 (eu estava lá), é construído em português e espanhol e destaca ritmos como bolero, tango, milonga, chacarera e zamba. A interpretação de Shana imprime sua personalidade a canções gravadas por grandes referências de sua carreira
— É o show da minha vida, porque é um resumo de tudo que construí até aqui — avisa ela.
Se eu fosse tu, não perdia de jeito nenhum.
Reconstruir Cultura RS
A turnê (que conta Felipe Barreto no violão, Guilherme Goulart no acordeom, Cristian Sperandir no piano, Bruno Coelho e Giovani Berti na percussão) faz parte do projeto Banrisul Apresenta, selecionado no edital Reconstruir Cultura RS.
Além do patrocínio do Banrisul, a temporada tem as parcerias de Rio Grande Seguros e Previdência e Icatu, e o apoio do Armazém Bom Gado, RBS TV e TVE.
Agenda da Turnê
- 3 de outubro: Santa Maria — Theatro Treze de Maio
- 11 de outubro: Novo Hamburgo —Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno
- 23 de outubro: Caxias do Sul — Teatro Municipal Pedro Parenti
- 25 de outubro: Camaquã — Teatro SESC Camaquã
- 20 de novembro: Carazinho — Teatro do SESC Carazinho
- 21 de novembro: Passo Fundo — Teatro Sesc Passo Fundo
- 29 de novembro: Santa Rosa — Parque de Exposições Alfredo Leandro Carlson
- 14 de dezembro: Alegrete — Largo do Centro Cultural Adão Ortiz Hoayek