Depois do hepta do Grêmio no Gauchão, vou pedir licença aos torcedores adversários para falar do lançamento de um novo livro sobre o imortal tricolor. Ou melhor, sobre uma de suas maiores dores: o Estádio Olímpico, símbolo de tantos triunfos, legado ao descaso e transformado em ruínas.
A deterioração do Monumental mexeu com os brios de dois craques gremistas, não do futebol, mas da palavra e da fotografia: Celso Gutfreind e Luiz Eduardo Achutti. Amigos de longa data, eles decidiram se unir para registrar, em texto e imagens, a situação de abandono do velho estádio.
Dessa junção, nasceu a obra Poema Azul (editoras Bestiário e Casa Verde), que será lançada em 26 de abril, às 19h, no bar Ocidente, em Porto Alegre. São 90 páginas ilustradas com imagens históricas e um longo poema de exaltação à memória do templo gremista.
— O Olímpico é parte de nós, da nossa infância, adolescência e vida adulta. É duro vê-lo na tragédia em que se encontra, por isso decidimos fazer o livro — conta Celso.
O local não recebe jogos desde 2013.