Um dos prédios mais charmosos de Porto Alegre, a Casa de Cultura Mario Quintana, no Centro Histórico, está reabrindo ao público um espaço que, por anos, teve acesso restrito: o terraço, que a direção do centro cultural sonha, agora, em transformar em horta comunitária urbana.
Para ser reaberta, a área recebeu o reforço de um guarda-corpo (antes, havia apenas uma mureta de alvenaria no local, onde há uma instalação artística ecológica). O resultado será apresentado à comunidade no próximo sábado (6), em um evento especial: a celebração da marca de 100 mil seguidores no Instagram.
Chamada de 100%CCMQ, a ação será um grande Flash Mob Cultural, com uma série de atividades, das 10h às 22h, em todo o edifício.
A intenção, segundo Germana Konrath, diretora da casa, ligada à Secretaria Estadual da Cultura, é aproveitar a ocasião para lançar a ideia da criação da horta no topo do prédio, ao lado da cúpula onde hoje funciona uma cafeteria.
Para isso, a instituição pretende buscar parceiros no setor privado dispostos a apoiar a novidade — alô, alô, empresariado, vamos ajudar? A estrutura seria usada para o cultivo de temperos, verduras e chás, com a participação ativa da vizinhança.
— Podemos pensar o formato juntos, mas a ideia é de que seja um espaço aberto, democrático, para o uso da comunidade — diz Germana.
A proposta segue uma tendência em grandes centros urbanos mundo afora, de São Paulo a Nova York. Na Big Apple, um dos exemplos mais famosos é a Brooklyn Grange, criada em 2010 e considerada uma das maiores “fazendas urbanas” do planeta, no topo de dois edifícios no bairro Brooklyn e também nas regiões de Manhattan, Queens e Staten Island (vale dar uma conferida em brooklyngrangefarm.com).
Por aqui, eu me pergunto qual empresa não gostaria de ver sua marca associada a uma ação desse tipo, em um dos rooftops mais icônicos de Porto Alegre? Tem tudo para dar certo.