Não deu nem um mês: durante o feriadão de Carnaval, um pichador atacou, mais uma vez, a fachada de um dos mais belos edifícios da área central da Capital: o histórico prédio da Faculdade de Medicina, uma jóia arquitetônica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Em 21 de janeiro, publiquei aqui em GZH um texto relatando “a triste história de uma pichação”. À época, o prédio havia sido vandalizado com spray enquanto a Capital ainda lidava com os impactos da tempestade. Agora, um pichador se aproveitou da cidade vazia para agir na calada da noite, riscando de vermelho a lateral da edificação. É de perder a fé na humanidade.
Você já sabe: por princípio, me nego a publicar imagens de pichações, porque entendo que isso seria um troféu para o autor. Poderia acabar estimulando novas ações do tipo, que nada têm de artísticas. Arte é outra coisa. Isso é depredação de patrimônio, e o pior: público.
Desde 2022, quando o imóvel histórico teve o frontão pintado de amarelo, a UFRGS vinha fazendo o possível para evitar a ação dos vândalos - até uma grade foi instalada de forma definitiva no local. Não adiantou.
Às voltas com o apagão no Campus do Vale, que jogou no lixo milhões de reais em pesquisas devido à falta de luz, o reitor Carlos André Bulhões Mendes também teve de lidar com este outro problema. Ele já mandou cobrir o estrago com tinta. Melhor assim.
O caso será novamente alvo de investigação policial, como na situação anterior. Aliás, o autor da pichação de janeiro, segundo Bulhões, já foi identificado. Sabe como? Ele mesmo postou fotos do ato nas redes sociais.
O que Sarmento Leite, um dos fundadores da faculdade, que dá nome à rua diante do prédio, diria sobre isso?