Em 2023, ações de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado (TCE) - responsável por esquadrinhar os gastos de órgãos municipais e estaduais - garantiram economia de R$625,5 milhões aos cofres públicos.
Foram registrados 1.022 “benefícios de auditoria”, como os técnicos chamam esses ganhos. Desse total, 763 tiveram impacto financeiro e 259 não (nesses casos, significaram melhorias em procedimentos adotados na administração pública).
Do valor economizado, 41,7% resultaram da correção de irregularidades e de impropriedades e 38,8% da redução de preços máximos pagos em editais de licitação.
— Agimos no momento em que o edital é publicado — ressalta Roberto Tadeu de Souza Júnior, à frente da equipe responsável pelo trabalho.
Esse tipo de atuação conta com o apoio de inteligência artificial (ao menos sete "robôs" são treinados para detectar inconsistências em dados financeiros) e se dá antes que os gastos de fato ocorram. É uma forma inteligente de evitar desperdício de recursos.
Em 2022, a economia alcançada foi o dobro (de R$ 1,24 bilhão) porque houve dois casos excepcionais, envolvendo editais de concessão de rodovias (a RS-287 e rotas da Serra) - eles resultaram na cobrança de tarifas menores do que inicialmente estipulado.
— Se a gente desconsiderar esses casos, que foram pontos fora da curva, tivemos economia de R$ 619 milhões em 2022 — afirma Souza Júnior.