Quem disse que os ditados populares são coisa do passado? Segundo pesquisa da plataforma de idiomas Preply, que ouviu mil entrevistados entre agosto e setembro em todas os Estados, os gaúchos não apenas confirmaram que usam provérbios no dia a dia, como elegeram os "favoritos" no Rio Grande do Sul.
Adivinha qual foi o campeão da lista? Com 64,9% das preferências, a indireta “para bom entendedor, meia palavra basta” foi a grande vencedora. Quem nunca disse isso, "que atire a primeira pedra".
Na sequência, com 59,6%, veio a trinca “a pressa é inimiga da perfeição”, “a mentira tem perna curta” e “a esperança é a última que morre”.
Ops, não é bem assim
Outro aspecto que chamou a atenção na pesquisa foram as frases que acabaram se popularizando de forma equivocada no país.
Um exemplo: 59,1% dos entrevistados (no todo, não só gaúchos) disseram usar a expressão “quem não tem cão, caça com gato”. O que a semelhança sonora esconde é o fato de que, na versão original, o dito é um pouco diferente, recomendando que aqueles que não tenham cão, na realidade, “cacem como gato”. Em outras palavras, agindo de maneira sorrateira, tal qual um felino atento aos perigos. Sabia dessa?
Novas gerações
O estudo também confirmou que os famosos ditados permanecem firmes e fortes entre as gerações Y e Z. Em grande parte, isso se deve a costumes familiares, que aparecem nas conversas com os pais (67%), avós (48,3%), irmãos (18,6%) e demais parentes (41,5%).
Não por acaso, grande parte dos respondentes de todos os estados afirmaram ouvir provérbios com mais frequência dentro de casa, entre conselhos e puxões de orelha.