Empresária reconhecida no mundo da moda, à frente de marcas como Pompeia e Gang, Carmen Ferrão aceitou o desafio outra vez: pelo segundo mandato consecutivo, ela assume a presidência da Bienal do Mercosul, a megaexposição gratuita que, em 2022, exibiu 110 obras de artistas de 23 países, gerou 1,26 mil empregos e recebeu 623 mil visitantes em Porto Alegre.
Agora, Carmen sonha em ampliar o alcance do evento e inserir a capital gaúcha no circuito internacional de arte. A 14ª edição da Bienal será em 2024, mas os preparativos já começaram.
— Será um imenso desafio, mas acredito que cada mostra traz o seu potencial. Vamos trabalhar para isso. Quero que a Bienal do Mercosul fique entre as exposições mais lembradas do mundo e acredito que Porto Alegre, hoje, é uma cidade completa e tem todas as condições para isso. Esse será meu legado — projeta a executiva.
O desejo nasceu de uma viagem à Bienal de Veneza, na Itália, em 2022, quando ela conversou com Roberto Cicutto, presidente da exposição. Na ocasião, Carmen viu de perto o impacto da iniciativa na cidade e o engajamento dos patrocinadores (lá, não há dúvidas de que atrelar uma marca à arte é um ótimo negócio).
Ao projetar a 14ª edição do projeto em Porto Alegre, ela planeja ampliar espaços e "trazer a cidade para mais perto dos artistas". Nesta quinta-feira (20), a presidente apresenta o novo curador do evento - um especialista em arte contemporânea com inserção internacional que, por enquanto, tem o nome mantido em sigilo - e dá uma pista do que vem pela frente:
— Penso em uma 14ª Bienal falando de vida e de arte, de temas ligados à biologia e à zoologia e ao próprio ser humano. Algo como um renascer após a pandemia.