Até o dia 25 de setembro, a sala de exposições do Theatro São Pedro, em Porto Alegre, apresenta a mostra O Tempo na Pele, do artista gaúcho André Santos - com entrada a partir das 16h, até o início dos espetáculos. Vale a visita, não só pela beleza do trabalho, mas pelo tipo de material usado.
Com mais de 30 anos de experiência nas artes visuais, Santos incorpora diferentes elementos a suas obras, como o couro residual de indústrias - mas não apenas couro de gado. Santos usa, inclusive, peles de animais que a gente nem imagina, como pirarucu, arraia, avestruz e píton (um tipo de serpente).
— São sobras de indústrias sustentáveis, que atuam de forma ambientalmente correta, o que sempre foi uma preocupação minha. Essas sobras têm imperfeições, marcas, estrias e seriam inutilizadas, mas, para o meu trabalho como artista, fazem toda a diferença. Uso o couro e a pele de animais como uma forma de representação da minha poética — resume o artista.
O resultado é impressionante, em especial pela junção entre a pintura (de cores fortes, vibrantes e marcantes) e a textura inusitada, porosa, feita de camadas, com retalhos que lembram escamas e epiderme.
Serviço
- Exposição O tempo na pele, de André Santos
- Curadoria: Genuinaobra e Vivi Possa
- Até 25 de setembro de 2022
- Horários: de terça a domingo a partir das 16h (até o início dos espetáculos)
- Sala de Exposições do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº, em Porto Alegre)
- Entrada franca
- Apoio: Genuinaobra e Fabrès