Durante três décadas, o economista Ademir Koucher foi servidor do IBGE no Rio Grande do Sul e, por anos, chefiou o setor de Disseminação de Informação do órgão, atuando na coordenação dos últimos dois censos, em 2000 e 2010.
Com essa bagagem, o especialista conhece como poucos os desafios do trabalho - e um dos principais deles, na avaliação de Koucher, que se aposentou do IBGE em 2019, mas segue trabalhando em pesquisas e prestando consultorias, será vencer a desinformação.
— Sempre houve quem tivesse receio de abrir a porta e responder às perguntas dos recenseadores, mas, em 2010, as redes sociais e as fake news ainda não tinham o peso que têm hoje. É muito importante que as pessoas confiem no IBGE e que façam a sua parte. O censo é essencial para o país — alerta o economista.
Com dois anos de atraso, o levantamento de 2022 começou no último dia 1º em todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, mais de 11 mil recenseadores farão entrevistas em 4 milhões de domicílios nos próximos três meses.