Natural de Sapucaia do Sul e reconhecido pelo trabalho missionário em Moçambique, na África, o monsenhor Maurício da Silva Jardim será o mais novo bispo gaúcho. Marcada para esta sexta-feira (19), às 19h, a ordenação será conduzida pelo arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, na Catedral Metropolitana - algo que não ocorria desde 2009.
Diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias da Igreja Católica, em Brasília, o padre Jardim foi escolhido pelo Papa Francisco - com quem até já tomou mate e fez selfie - para atuar em Mato Grosso. Ele assumirá a diocese de Rondonópolis-Guiratinga, no território da Amazônia Legal.
— Estou muito feliz e me sinto preparado para o desafio, porque participei do Sínodo da Amazônia, em 2019, no Vaticano, que tratou dos desafios da região. Foi no Sínodo, também, que conheci o Papa, uma pessoa incrível, simples e espirituosa — diz o sacerdote de 53 anos.
Entre os atuais bispos titulares de dioceses no Brasil, monsenhor Jardim será o primeiro nascido na Grande Porto Alegre e o quarto do Rio Grande do Sul designado para uma diocese do Mato Grosso - além dele, já atuam naquele Estado Dom Vital Chitolina (natural de Tuparendi), Dom Neri José Tondello (natural de Antônio Prado) e Dom Canísio Klaus (natural de Arroio do Meio).
Além de contar com Dom Jaime como ordenante, a cerimônia terá a participação dos bispos Dom Silvio Dutra e Dom Esmeraldo Barreto de Farias. São esperados religiosos de todos os Estados - inclusive uma caravana com 60 pessoas de Rondonópolis. A mãe de Jardim, dona Cecy, de 86 anos, também estará entre os presentes.
Quem é Maurício Jardim
Monsenhor Maurício da Silva Jardim nasceu em 9 de fevereiro de 1969 em Sapucaia do Sul, onde foi ordenado presbítero em dezembro de 1999, aos 30 anos, na paróquia Nossa Senhora de Fátima. Ao longo da vida eclesiástica, exerceu o ministério em paróquias da arquidiocese de Porto Alegre até o ano de 2008, quando foi enviado em missão para Moçambique, onde permaneceu até 2012, no projeto Igreja Solidária.
Ao retornar da missão em Moçambique, trabalhou por três anos em diferentes serviços da arquidiocese até ser nomeado diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em março de 2016, função que segue desempenhando, até nova definição do Vaticano.