Salvar vidas é a missão mais elevada que uma instituição pode ter e, quando isso envolve solidariedade e compaixão, é ainda mais bonito. É o caso do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), que acaba de bater uma marca histórica: 2,5 mil transplantes de rins realizados.
O primeiro deles ocorreu há exatos 45 anos, em 1977. Desde então, houve um crescimento exponencial, principalmente na década de 2010, até a chegada do coronavírus, com todas as suas consequências nefastas. A boa notícia é que, em julho deste ano, o número de transplantados voltou a crescer: em um mês, o Clínicas contabilizou 19 cirurgias do tipo em pacientes com doenças renais.
— No auge da pandemia, chegamos a ficar quase dois meses sem fazer nenhum procedimento do tipo, porque, além de ser arriscado, todas as nossas equipes estavam voltadas ao atendimento de pacientes com covid-19. Agora, esperamos estar vivendo um momento de retomada — diz o chefe do Serviço de Transplantes, professor Roberto Manfro.
Segundo dados oficiais, a lista de espera por um órgão no Estado, até maio (dado mais recente) era de 2,7 mil pessoas, sendo que 1,3 mil delas aguardavam um rim, número que já foi bem menor.
O felizardo
O transplante renal de número 2.500 foi feito em um paciente do Interior, que fazia hemodiálise havia três anos. Graças à generosidade de uma família que perdeu um ente querido, ele recebeu uma nova chance.
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O Clínicas
Não custa lembrar: o Hospital de Clínicas de Porto Alegre é uma instituição pública e universitária, vinculada à UFRGS. Desde 1971, presta serviço de excelência em saúde e contribui para a formação de alguns dos melhores médicos do Brasil.