Desde setembro de 2022, o Rio Grande do Sul passou a ter uma gaúcha no comando de duas das mais importantes instituições ligadas ao Judiciário no Brasil: o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Mas não é só isso: desde julho do mesmo ano, Rosa Weber vem convocando magistrados com atuação no Estado para as suas equipes.
Natural de Porto Alegre, a ministra é filha do médico José Júlio Martins Weber e da pecuarista Zilah Bastos Pires, ambos já falecidos. Zilah partiu em janeiro de 2022, aos 104 anos. Era uma das proprietárias da Cabanha Santa Thereza, de Dom Pedrito, e marcou época como criadora da raça Angus no RS.
Incentivada pelos pais, Rosa se formou na Faculdade de Direito da UFRGS e se tornou juíza do trabalho no RS em 1981. Mais tarde, integrou o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4), na Capital, do qual foi presidente nos anos 2000.
Não é por acaso, portanto, que Rosa tem convidado gaúchos para ajudá-la na nova missão, em um dos momentos mais críticos da história do Brasil contemporâneo.
Uma das primeiras convocadas foi a juíza Karen Luise Vilanova Batista, titular da 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, como mostrei aqui na coluna (ela atuará na assessoria da ministra no STF). Agora, Rosa chamou três magistrados trabalhistas do RS para o CNJ (como juízes auxiliares): Carmen Gonzalez, Tiago Mallmann Sulzbach e Ricardo Fioreze, que já exercia a função.