Cada vez mais, em grandes metrópoles e centros urbanos mundo afora, áreas públicas e até topos de prédios vêm sendo usados para o plantio de hortaliças, ervas medicinais e temperos. É uma forma não apenas de melhorar a qualidade da alimentação, mas também de reforçar vínculos com a natureza e até de burlar o estresse do dia a dia.
Em Porto Alegre, já existem bons exemplos de plantio comunitário, mas a prefeitura quer ampliar essas experiências, de forma regrada. Para isso, será publicado ainda nesta semana, no Diário Oficial do município, um decreto regulamentando a criação das hortas urbanas em praças, parques e terrários.
Um dos objetivos, conforme o secretário de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), Germano Bremm, é estimular a ocupação positiva dos espaços da cidade. Além disso, segundo a diretora de Projetos e Políticas de Sustentabilidade da Smamus, Rovana Reale Bortolini, há grande demanda reprimida.
— Recebemos muitos pedidos. Agora, com a regulamentação, será possível dar vazão a isso — destaca a diretora.
De acordo com o texto, os interessados (moradores, associações de bairro, ONGs, etc.) deverão apresentar propostas à secretaria, detalhando como e onde será a horta. Terão prioridade praças não urbanizadas ou com urbanização precária.
O regulamento também deixa claro que a horta deverá seguir preceitos da agricultura orgânica e será destinada ao uso coletivo. Será obrigatória a instalação de placa dizendo que a participação de todos é bem-vinda.
A primeira
A primeira horta a ser instalada sob as novas regras, conforme a Smamus, deverá ficar na Praça Delegado Carlos Armando Gadret (foto), no bairro Santana, e será tocada em parceria com a ONG Regeneraí.
Como participar
Assim que a regulamentação for publicada, os interessados poderão se inscrever no Portal do Licenciamento da Capital (licenciamento.procempa.com.br, clicando em “serviços”).