A partir desta segunda-feira (25), com entrada franca, o prédio A1 do campus da Unipampa em Alegrete, na Fronteira Oeste, abre as portas para uma mostra fotográfica especial: a Exposição Aves do Pampa, com imagens de 28 espécies nativas da região, algumas delas ameaçadas de extinção.
Acompanhadas de painéis explicativos, as fotos são resultado do trabalho de três observadores de pássaros - o engenheiro civil Geraldo Apratto Gonçalves, a professora Luiza Siede Kuck e o designer gráfico Matias Jardim.
Além de mostrar a beleza dos animais, entre eles a coruja-buraqueira (foto nº1), o tico-tico do campo (nº2), o quero-quero (nº3) e o bico-duro (nº4), o trio quer chamar a atenção da para a importância de se preservar o bioma Pampa, que, nas últimas décadas, vem sendo dilapidado.
Bioma Pampa
Com uma área total de 750 mil quilômetros quadrados – quase o tamanho da Alemanha e da França juntas –, o bioma Pampa é compartilhado por três países: Brasil, Argentina e Uruguai.
No mapa brasileiro, está presente somente no Rio Grande do Sul, onde ocupa quase dois terços do território. Nos últimos 36 anos, o Pampa perdeu 21,4% da vegetação nativa, segundo estudo divulgado pelo projeto de mapeamento da cobertura vegetal MapBiomas, que reúne universidades, ONGs e empresas de tecnologia, e hoje é o mais ameaçado bioma brasileiro. Uma das causas da redução é o avanço da plantação de soja.
Diversidade
Mais de 500 espécies de aves vivem ou aproveitam o Pampa como parada quando migram. Pelo menos 10 delas estão ameaçadas. Entre os países do mundo, o Brasil tem o segundo maior número de espécies de aves registradas, perdendo apenas para a Colômbia. São 1.919 diferentes pássaros catalogados em território brasileiro, de acordo com o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos.