A última vez que conversei com ele foi em 2013, quando do lançamento da biografia Aldir Blanc – Resposta ao Tempo, do jornalista Luiz Fernando Vianna, para matéria publicada no caderno PrOA, de Zero Hora (depois transformado no atual DOC), em 8 de maio. Foi por e-mail, que ele demorou 20 dias para responder, disse que não se dava bem com o notebook da mulher: “O computador se dá bem com a Mary e com as meninas, mas não comigo. Normal. O aparelho é macho, e eu sou do Estácio”. Tinha 66 anos. Queixou-se de ver os amigos irem morrendo, um a um: “Minha agenda é um cemitério, só tem cruzes”. Na última terça-feira, chegou sua vez de tornar-se uma cruz nas agendas dos amigos vivos.
Memória
Aldir Blanc e o Brasil brasileiro
Pessimista crônico, humanista máximo, Aldir Blanc (1946-2020) deixa uma obra imensa sobre o país. Leia o relato de quem o entrevistou ao longo dos anos para a Zero Hora desde 1976
Juarez Fonseca