A possibilidade, hoje, ainda é distante, mas está no horizonte da direção do Grêmio: se precisar, o clube vai voltar a usar o estádio Olímpico. O velho casarão, na Azenha, não recebe jogos desde fevereiro de 2013.
A direção do Tricolor segue atuando forte para resolver o impasse que envolve a Arena e quer que o contrato existente seja cumprido. Inclusive, o Grêmio não desistiu de assumir a gestão do novo estádio, de forma antecipada. Recentemente, um acordo quase foi firmado.
- O Grêmio quer a gestão da Arena, para que a experiência do torcedor seja muito melhor do que é - informa um dirigente do Tricolor.
Por contrato, o clube só passará a gerir a Arena a partir de dezembro de 2032. Para que isso ocorra, porém, o Tricolor precisará entregar a área do estádio Olímpico para as empresas Karagounis e OAS 26.
Não há prazo para uma definição, afinal, 11 anos já se passaram. Mas, se os encaminhamentos da Justiça e das partes envolvidas forem prejudiciais ao clube, o Grêmio vai buscar novos parceiros.
- O Grêmio fez tudo o que estava ao alcance dele. Quem não está cumprindo (o contrato) são todas as outras partes envolvidas como a Arena Porto Alegrense, a Karagounis e a OAS26 - informa um dirigente do Tricolor.
Duas hipóteses são as mais prováveis. A primeira seria buscar um investidor, que recuperaria o Olímpico. A outra possibilidade é usar a área do antigo estádio para viabilizar a construção de um novo estádio.
Tanto é que o Grêmio vê com preocupação a possibilidade do terreno perder valorização a partir de uma decisão da prefeitura de Porto Alegre, que especula reduzir os índices construtivos da área se o imóvel seguir abandonado. Se a ação for efetivada pela administração municipal, o clube irá buscar uma indenização na Justiça contra quem não cumpriu o contrato, no caso, a Karagounis e a OAS 26.
Mais de R$ 15 milhões
Apesar da reclamação de que o estádio Olímpico está abandonado, o Grêmio garante que toma todos os cuidados de segurança e limpeza da região. Por ano, são investidos R$ 1,5 milhão. Além disso, vistorias periódicas são realizadas no terreno a fim de eliminar focos de dengue.
Novo investidor
Investidores compraram, por um valor especulado em R$ 40 milhões, a dívida de R$ 150,9 milhões que Santander e Banco do Brasil tinham a receber da antiga OAS - hoje, empresa Metha - pela construção da Arena. A SDG II Fundo de Investimento em Direitos Creditórios tem como administradora a empresa paulista Reag. O Banrisul, outro credor, não entrou na negociação. O banco tem a receber aproximadamente R$ 75,46 milhões. Ainda não se sabe por que a instituição não quis vender a sua parte também.