A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre fez uma vistoria do gramado e áreas internas do Estádio Olímpico em busca de focos de mosquitos da dengue na antiga casa do Grêmio, nesta quinta-feira (6). A ação executada por um drone e fiscais foi motivada por chamados de vizinhos através do telefone e aplicativo de atendimento 156.
O trabalho da Unidade de Vigilância Ambiental da pasta tem como objetivo identificar locais com potencial de facilitar a reprodução de insetos que sejam vetores de doenças, como o Aedes aegypti, transmissor da dengue. Um ponto do anel superior da arquibancada, e outro, no fosso que circunda o gramado, foram identificados como criadouros potenciais de mosquitos. O drone registrou imagens do primeiro, enquanto agentes da SMS vistoriaram presencialmente o segundo. Ambas as situações foram resolvidas pela gestão do estádio, de acordo com a pasta.
— As demandas são recorrentes para o terreno do Olímpico, e revisamos com apoio dos agentes de fiscalização e agentes de combate às endemias. O uso do drone já nos auxiliou em outras situações de vistoria de grandes áreas ou onde o acesso era difícil para os servidores — disse o técnico da Vigilância Ambiental, Alex Lamas, na nota divulgada pela SMS.
O terreno no bairro Azenha é mantido pelo Tricolor enquanto o negócio com a Arena não avança. A secretaria afirma que usou a tecnologia em 23 locais diferentes em 18 bairros da Capital apenas em 2023.
O Grêmio informou, em nota, que acompanhou a vistoria por meio do seu gerente de Patrimônio, o engenheiro Fernando Radin. Segundo o clube, é de praxe o Olímpico receber todos os anos a equipe da vigilância sanitária. Nos pontos citados na reportagem, o clube informou que "pôde ser verificado que não possuíam água empoçada".
O clube também ressalta que um controle é feito por empresas terceirizadas, que não observaram a existência de focos e nem evidências do Aedes. O Grêmio acrescenta ainda que "realiza a aplicação de veneno e a limpeza dos locais de forma periódica e permanente". "Os próprios fiscais que lá estiveram por várias vezes e durante estes últimos anos em que o Olímpico se encontra desativado também nunca identificaram qualquer ponto com possível infestação", conclui o texto.