A futura duplicação do Caminho do Meio contará com apoio da Caixa Econômica Federal. A instituição firmou convênio com o governo do Estado para prestar apoio às análises dos projetos que estão sendo desenvolvidos pelas prefeituras de Porto Alegre, Alvorada e Viamão.
Os três municípios haviam se comprometido a entregar os estudos em janeiro. O prazo foi estendido até fevereiro, a pedido das prefeituras.
Ao final desta etapa, técnicos da Caixa e da Secretaria estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) vão prestar assistência técnica ao projeto. Serão seis meses de avaliações e adequações.
- A parceria com a Caixa é importante pois aproveitamos todo a expertise da instituição para analisar, com todo cuidado, os projetos que estamos recebendo dos municípios e, assim, realizarmos uma obra bem executada - avalia o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur), Carlos Rafael Mallmann.
No segundo semestre, o material será enviado para a Central de Licitações do Estado, que irá publicar o edital e realizar a disputa.
- Vejo esta parceria de forma muito positiva, pois une a necessidade do Estado com o conhecimento da Caixa. Não basta entender a demanda, é preciso saber operacionalizá-la. A estrada Caminho do Meio era uma demanda antiga e será a primeira de muitas - destaca a secretária estadual de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans.
Duplicação
A ideia é duplicar a Avenida Protásio, a partir da Avenida Saturnino de Brito, até a RS-040, em Viamão. Além disso, o trecho envolvendo a Estrada do Cocão, entre a RS-040 e a Avenida Frederico Dihl também receberia investimento.
Ao todo, 23,2 quilômetros irão receber mais pistas, corredor de ônibus, ciclovia, calçadas, novas paradas de ônibus e iluminação. Estudos feitos pela Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) apontam que, com a conclusão da duplicação, será possível ganhar 20 minutos de tempo no deslocamento entre as cidades, só no transporte público.
O edital vai dizer o tempo de execução da obra, mas a estimativa prevista é que a duplicação deverá durar três anos. A intenção do governo é poder iniciar a duplicação a partir de 2025. Além do investimento na duplicação, o governo ainda precisará realizar desapropriações de terra que serão necessárias.
Verba perdida
Em 2012, a Metroplan conduziu estudos sobre a duplicação. Um ano depois, a obra recebeu recurso federal, mas a demora para retirá-la do papel fez com que o então Ministério das Cidades, em dezembro de 2016, anunciasse o cancelamento da verba. A ideia era duplicar o trecho e implementar corredor de ônibus, deixando a via com mais condições para receber a quantidade de veículos que recebia.
Região em crescimento
A região tem recebido muitos condomínios nos últimos anos, o que tem aumentado a quantidade de veículos trafegando pelo local. Dados de agosto de 2020 da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), indicaram que 24 mil veículos passavam a cada dia útil na região, próximo à Manoel Elias, em ambos os sentidos.