O governo do Estado abriu contratação para escolher uma empresa que irá realizar monitoramento e acompanhamento de eventos climáticos. Ela também precisará emitir alertas meteorológicos, com previsão em tempo real de curto e de curtíssimos prazos para o Rio Grande do Sul.
O objetivo com essa contratação é ampliar a capacidade de preparação e resposta a eventos meteorológicos adversos. A partir do monitoramento, alertas antecipados precisarão ser enviados sobre a possibilidade de ocorrência de eventos meteorológicos adversos, com foco especial nos eventos de risco hidrológico e meteorológico.
A licitação será realizada em 28 de novembro. Quem vencer a disputa terá de instalar sistema de radares, que tenha cobertura de 150km de raio a partir de Porto Alegre. É necessário abranger a Região Metropolitana.
Mas a coluna fez uma simulação. Com estas especificações, seria possível acrescentar monitoramento até em cidades da serra gaúcha - Ipê, Guaporé, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e São Francisco de Paula -, do Vale do Rio Pardo - Santa Cruz do Sul e Pantano Grande -, litoral - até Três Cachoeiras - e zona sul do Estado - até Camaquã.
Os radares meteorológicos têm capacidade de estimar quantitativamente a precipitação para as próximas horas. Também possibilita a estimativa do tempo de chegada de tempestades, permitindo a emissão de alertas para a população e órgãos responsáveis.
- A contratação desse serviço é uma novidade. Será um avanço na nossa Defesa Civil. Com este serviço será possível qualificar as informações meteorológicas, especialmente aqui em Porto Alegre e Região Metropolitana - destaca o chefe Casa Militar, coronel Luciano Boeira, que destaca que o trabalho realizado em Santa Catarina serviu como referência.
A contratação tem prazo de cinco anos. Pelo serviço, a empresa irá receber até R$ 27,5 milhões neste período. Nesse valor estão contemplados o estudo técnico para definição do local de instalação, infraestrutura para colocação do equipamento e operação do radar, além do serviço de monitoramento.
Pela previsão do edital, em seis meses, a empresa precisará realizar estudos técnicos, preparação e organização da estrutura e instalação do radar. A partir do oitavo mês o sistema precisará entrar em funcionamento.
A empresa precisará também emitir boletins de previsão e alertas antecipados de eventos meteorológicos adversos de curto - 6 a 12h - e curtíssimo prazo - até 3h. Os moradores cadastrados no SMS 40.199 receberão estas informações.
Dados monitorados
Estes boletins precisarão conter estimativa de quantidade de precipitação para a Região Metropolitana e informações sobre as bacias hidrográficas do perímetro. Os alertas deverão apresentar o acumulado significativo de chuva, tempestades, incluindo risco de granizo, raios, chuvas intensas e ventos intensos e de perigo à navegação, geada, declínio acentuado de temperatura, frio intenso, desconforto térmico, acumulado significativo de neve e nevasca.
Como é hoje
Atualmente, o governo do Estado monitora a situação a partir dos radares da Força Aérea. Mas a Defesa Civil não tem acesso aos dados do radar, apenas das imagens, quando estão em operação. Há alguns anos, um radar de uma empresa particular de meteorologia chegou a ser colocado em teste, mas o projeto não foi adiante.