Iniciada em 2014 e suspensa entre 2017 e 2019, a duplicação da BR-290, de Eldorado do Sul a Butiá, está mais perto de ser retomada. A procuradoria jurídica do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) deu aval para que os contratos tenham prosseguimento. Sem esta confirmação, a alternativa seria realizar uma nova licitação, o que demandaria mais tempo para reiniciar a construção.
As obras estavam suspensas porque o departamento avaliava se poderia dar continuidade às contratações realizadas em 2014. Apesar da sinalização favorável, a movimentação de operários entre os quilômetros 112 e 172 ainda deve demorar devido a um rito burocrático que precisa ser seguido.
O consórcio Bolognesi Conterra Magna é responsável pelo lote um. A empresa Toniolo Busnello é quem foi contratada para o lote dois.
Depois de vários anos com parcos investimentos, a duplicação da rodovia voltou a receber montante suficiente para ampliar os serviços. O Dnit recebeu R$ 178,3 milhões para a obra, que está sendo usada ao longo do ano de 2023. A duplicação foi incluída na nova fase do Programa de Aceleração do Crescimento (Pac).
Entre 2014 e 2022, foram liberados apenas R$ 157,8 milhões para os trabalhos na rodovia. A estimativa atual é de que sejam necessários mais R$ 600 milhões para poder concluir toda a duplicação de 115,5 quilômetros.
A obra foi iniciada com custo de R$ 583 milhões e previsão de conclusão em 2017. Atualmente, a projeção é de que serão gastos R$ 900 milhões. A construção não terminará antes de 2026.
O mais avançado dos lotes é o quatro. A promessa do Dnit é que, até o fim do ano, será possível concluir um trecho de 14 quilômetros, na altura de Pantano Grande. Também em obras está o lote três — com 9% dos trabalhos concluídos até o momento.
Concessão
Um projeto está sendo desenvolvido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que prevê que a duplicação da BR-290 será concluída pela iniciativa privada. Como contrapartida, a empresa instalaria pedágios na estrada. A medida gera crítica por parte de moradores e políticos. A ANTT não esclarece, porém, como ficará a concessão com este investimento que está sendo feito pelo governo federal.