Com ansiedade, usuários da BR-116 aguardam a inauguração da obra que irá resolver, em parte, os congestionamentos diários no Vale do Sinos. A cada novo pequeno avanço, a expectativa é renovada. Hoje, a construção está praticamente parada, por causa da falta de verbas.
Algumas etapas ainda precisam ser superadas para que possa ocorrer a liberação do tráfego nas novas pontes sobre o Rio dos Sinos. As quatro estruturas - duas de cada lado - já estão prontas. Falta concluir os acessos até elas, aplicar asfalto e sinalizar.
Pela projeção do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) restam aproximadamente R$ 20 milhões de investimento. O recurso é aguardado a partir da liberação da Lei Orçamentária Anual (Loa), aprovada em dezembro pelo Congresso Nacional.
Com esta verba, as empresas responsáveis pela obra precisarão de mais seis meses de trabalho. Se isso ocorrer, ainda em 2023, o governo do presidente Lula poderá fazer sua primeira grande inauguração em solo gaúcho.
Essa obra foi contratada em 2014. A escolha da empresa foi parar na Justiça e o Dnit precisou aguardar a decisão final para dar autorização de início aos trabalhos. O contrato só foi assinado em dezembro de 2019. Os trabalhos iniciaram em março de 2021.
Ponto futuro
Mesmo com a duplicação de pistas nesta região, os motoristas ainda não estarão livres de mais engarrafamentos. O problema só será totalmente resolvido quando houver a construção de um novo viaduto na região da RS-240, obra essa prevista também no atual contrato.
Melhorias na 116
Este é um contrato de R$ 392 milhões - valores de 2014 - que prevê uma série de ações em 38,5 quilômetros e tem prazo de vigência - inexequível, diga-se de passagem - de três anos.
O trecho de Esteio deverá receber a maior quantidade de novas obras, principalmente na região do Parque de Exposições Assis Brasil. Canoas terá um cruzamento por baixo da BR-116, próximo do Conjunto Comercial. Estão previstas também construções de ruas laterais e implantação de terceira faixa, inclusive em viadutos.