A esquina das ruas Sarmento Leite e Engenheiro Luiz Englert, no bairro Farroupilha, está mais colorida. No local está situado o antigo prédio da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Depois de anos ostentando as cores azul e branco, em meio a um emaranhado de pichações, o imóvel histórico agora está amarelo. No final de semana, funcionários já trabalhavam na limpeza das paredes externas do prédio do período neoclássico do início do século XX.
Antes disso, em setembro, uma pequena parte da fachada havia recebido um teste da nova cor. Na ocasião, de acordo com a UFRGS, foi feito um teste com uma nova tinta, mais indicada para prédios históricos.
"É um teste com uma nova tinta mineral, que parece ser a mais indicada para prédios históricos e que, se for aprovada, deverá ser utilizada em todos os prédios históricos. Mas é só um teste com a amostra que o fornecedor disponibilizou, não envolve projeto", informou a assessoria da universidade em setembro.
A assessoria da UFRGS ainda não informou se essa intervenção mais recente faz parte dos testes ou se já integra um projeto maior de recuperação do imóvel. Para tentar proteger melhor o prédio contra novas pichações, a UFRGS voltou a cercá-lo.
Na tentativa anterior, as grades permaneceram por pouco tempo. Elas foram retiradas, pois a calçada é muito estreita no local das escadarias. Procurada, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) ainda não informou se foi consultada e se concordou com a instalação feita.
Revitalização planejada
Há um ano, a UFRGS informou que pretendia realizar um projeto de restauração total do prédio. A reforma possibilitaria a recuperação do imóvel e a adequação para novas funcionalidades. Restaurado, ele deveria receber um Centro Cultural da universidade.
Prédio histórico
A construção do imóvel começou em 1913. Os trabalho foram interrompidos de 1914 até 1919 por causa da 1ª Guerra Mundial. O edifício foi inaugurado em 31 de março de 1924. Em 1974, a Faculdade de Medicina foi transferida para o Hospital de Clínicas e o local passou a abrigar o Instituto de Ciências Básicas da Saúde.