Não será por falta de interessados que a orla do Guaíba ficará sem revitalização no trecho de 850 metros entre a foz do Arroio Dilúvio e a região da Rótula da Cuias. Empresários estão desenvolvendo um projeto que pretende transformar a região em um super parque náutico.
O trabalho em construção é chamado de Poa Parque Náutico. A ideia é criar, no espaço de 850 metros - que envolve a foz do Arroio Dilúvio e o Anfiteatro Pôr-do-Sol - museus, Marina Pública, quadras de esportes de praia, heliporto, farol interativo, entre outras atrações.
Pela proposta inicial, o anfiteatro será mantido, porém revitalizado. Ganhará arquibancada suspensa, a cumprindo com a exigência de se manter a mesma identidade do projeto do Arquiteto Jaime Lerner.
Também terá área vip, espaço para alimentação, estacionamentos, além de casa de apoio a grandes eventos e outro palco menor para pequenos shows. Repaginado, receberia o nome de Live Park Pôr-do-sol.
A região também ganharia um heliporto, para passeios turísticos, ponto do Catamarã, embarque de passeios de barco. A Marina Pública receberá vestiários, restaurantes, piers e atracadouros.
A praça Jaime Lerner destacaria a linha já desenvolvida pelo escritório do arquitetura. A área de esportes está localizada na frente da rótula das Cuias e terá também passeios de caiaques. Os animais de estimação ganharão um espaço para convivência gratuita.
O Yatch Museum, que será construído no centro da área a ser revitalizada receberá o museu do Guaíba, o museu da Marinha, o museu náutico e o museu da Pesca. Um farol interativo, com jardim vertical e painel de Led, iluminaria a região. Na base dele, a proposta é ter três restaurantes com vista de 360 graus.
O trabalho foi desenvolvido pelas empresas Tis Marketing e Jhote Consultoria e Desenvolvimento de Projetos. O projeto urbanístico tem a autoria do arquiteto e urbanista Charles Dröescher.
- Queremos reunir players do turismo, dos esportes náuticos, as empresas interessadas e os cidadãos para concluir esse projeto em conjunto -, informa João Horácio Garcia, um dos idealizadores do projeto.
A foz do Arroio Dilúvio ganharia ilhas verdes flutuantes. Essas áreas são usadas para ajudar a filtrar áreas poluídas a partir de plantas nativas.
- Estas questões são prioritárias e precisam ser resolvidas e isso já está sendo avaliado com tecnologias simples, porém inovadoras através de Ilhas Verdes flutuantes fixadas nos próprios arroios que ajudariam a filtrar as poluições das águas desembocadas no Guaíba - relata Charles Dröescher.
Pela proposta, a ideia é criar um instituto, que será financiado por empresas gaúchas, além de patrocinadores. A ideia é criar um sistema de financiamento semelhante ao Balneário Camboriú.
Os empresários esperam atrair novos parceiros a partir de orientação dada pela prefeitura. Uma reunião foi solicitada para este mês com o secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.
Trecho 2
A prefeitura ainda não conseguiu lançar a licitação para escolha de quem vai ficar responsável pelo espaço. No ano passado, a pandemia impediu o lançamento da disputa. Neste ano, a falta de procura sobre o projeto fez a Secretaria Municipal de Parcerias (SMP) rever a estratégia.
A roda-gigante, por exemplo, não estará mais nesta região. Ela agora será instalada no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho.