Entre o início das obras do primeiro trecho revitalizado da orla do Guaíba - em outubro de 2015 - e o fechamento da Usina do Gasômetro - em novembro de 2017 -, já se passaram cinco anos e sete meses. Com a abertura das portas do projeto Embarcadero para clientes cadastrados na semana passada, o prédio histórico de 1928 se encontra em meio à áreas revitalizadas.
Aliás, você viu essa? O mistério das cordas na chaminé da Usina do Gasômetro. O caso chamou a atenção após registro feito com drone na semana passada.
E assim deve ficar por um bom tempo. As obras de revitalização só começaram em janeiro de 2020. De lá pra cá, só 30% dos serviços previstos foram realizados.
Pela atual projeção, a inauguração só irá ocorrer em 22 de fevereiro de 2022, daqui a nove meses. O investimento é de R$ 13,97 milhões.
Antes disso, em agosto de 2021, é aguardada a entrega da revitalização do trecho três da orla do Guaíba. Os trabalhos já atingiram 80% de conclusão.
A demora da obra
O principal entrave foi a demora do consórcio Rac / Arquibrasil em apresentar o projeto estrutural da restauração, como previsto no contrato. O grupo do Paraná deveria ter entregue a documentação em fevereiro do ano passado, mas a apresentou somente em maio, de forma incompleta e precisou fazer correções no orçamento.
A prefeitura de Porto Alegre conseguiu negociar com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e prorrogar o término do financiamento que está disponível. Pelo prazo anterior, os R$ 10 milhões que serão usados na obra estariam disponíveis até agosto de 2020. Porém, o contrato teve a validade alterada até 2022.
A nova Usina
Com a reforma, o cinema mudará de lugar: deixará o terceiro andar e irá para o térreo, abaixo do teatro. A alteração foi realizada por orientação das equipes de segurança, pois facilita a evacuação em emergências. A porta principal também será alterada. O acesso será pela parte lateral do prédio, de frente para a Orla.
No segundo pavimento será inaugurado o Teatro Elis Regina, no formato de arena — assentos em volta do palco poderão abrigar até 300 pessoas. Um restaurante deve ocupar parte do terraço. Haverá, ainda, duas novas escadas, uma voltada para os trilhos do aeromóvel e outra que dará acesso ao terraço, reforçando a ideia de independência dessa área.